- 25 de março de 2025
Foto: Reprodução
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, tomou a decisão de boicotar o sorteio da fase de grupos da Libertadores 2025, em um gesto de protesto contra a punição que considera insuficiente dada pela Conmebol ao Cerro Porteño, em resposta ao caso de racismo que envolveu o atacante Luighi em um jogo da Libertadores Sub-20.
A Conmebol impôs uma multa de US$ 50 mil (aproximadamente R$ 287 mil) ao clube paraguaio e determinou que a equipe jogasse com portões fechados no Estádio Gunther Vogel. Desde o ocorrido, o Palmeiras tem sido vocal em sua defesa pela exclusão do Cerro Porteño da competição, pedindo punições mais severas. Luighi, que foi vítima das ofensas racistas, também se manifestou, expressando indignação pela falta de medidas efetivas.
Em uma entrevista à TNT, Leila Pereira explicou sua posição: “Não irei como uma forma de protesto contra a punição ridícula imposta pela Conmebol ao racista e ao Cerro Porteño, que tem uma história de conivência com atos de racismo”, disse a presidente. Ela destacou que o clube aguarda uma resposta da FIFA, à qual enviou uma carta exigindo punições mais rigorosas aos responsáveis. “Vamos continuar pressionando por punições exemplares, pois somente assim poderemos realmente combater esse crime”, afirmou.
Diante da decisão de Leila, o vice-presidente do Palmeiras, Paulo Buosi, será o responsável por representar o clube no sorteio, que acontecerá na próxima segunda-feira, 17, às 17h, na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai.
O embate do Palmeiras contra a Conmebol não se limita à punição imposta ao Cerro Porteño. Em 9 de março, o clube publicou um manifesto em suas redes sociais, onde criticava a postura da confederação diante do racismo sofrido por Luighi. O Palmeiras reafirmou seu compromisso de lutar incansavelmente para garantir que o futebol sul-americano seja um espaço de intolerância zero ao racismo.
Além do Palmeiras, outros clubes brasileiros estarão presentes no sorteio, como Bahia, Botafogo, Flamengo, Fortaleza, Internacional e São Paulo. O Corinthians, outro representante do Brasil, caiu para a fase preliminar.
Com essa postura, Leila Pereira e o Palmeiras seguem dando exemplo na luta contra o racismo, demonstrando que atitudes concretas são necessárias para transformar o futebol em um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos.
Fonte: Revista Raça