- 14 de janeiro de 2025
Foto: James Cullen
Pela primeira vez na história da NFL, o Super Bowl terá sua identidade visual criada por uma mulher negra, com forte conexão com a cultura de Nova Orleans, cidade da Louisiana, nos Estados Unidos. A artista Tahj “Queen Tahj” Williams foi escolhida para desenvolver o logotipo e a arte temática do evento, que acontecerá no dia 9 de fevereiro de 2025 na cidade. Sua obra destaca a tradição cultural do Black Masking, uma expressão artística ancestral que celebra a resiliência da comunidade negra.
Williams, que integra o Golden Eagles (comunidade que mantém vivas as tradições de povos originários dos EUA, com uma forte influência da cultura afro-americana), baseou seus desenhos de miçangas na prática centenária do Black Masking, caracterizada por trajes ornamentados com miçangas, penas e pedras brilhantes. Esses trajes, que levam meses de trabalho manual, são fundamentais em festividades como o Mardi Gras e o Super Domingo, simbolizando histórias de resistência e homenagem aos nativos americanos que acolheram afro-americanos durante a escravização.
“Esta parceria é um sonho realizado e uma oportunidade de mostrar ao mundo a beleza da cultura Black Masking”, afirmou a artista para a revista Essence. Com uma paleta vibrante de cores – incluindo tons de rosa, vermelho e verde chartreuse –, o design de Williams busca refletir a energia, cultura e as tradições de Nova Orleans. A obra será exibida em locais de destaque durante a semana do Super Bowl, incluindo uma instalação no Hyatt Regency New Orleans, além de aparecer em ingressos digitais e na capa oficial do programa do evento.
Marissa Solis, vice-presidente sênior de marca global e marketing ao consumidor da NFL, destacou a importância da escolha. “Queríamos que a arte deste ano capturasse a essência de Nova Orleans. A conexão profunda de Queen Tahj com sua comunidade e seu talento extraordinário fizeram dela a artista ideal.”
Williams também celebra o momento como uma extensão de sua trajetória de superação. Única menina e capitã do time de futebol americano na escola, ela relembra o impacto do esporte em sua vida: “Aprendi a focar nos meus sonhos sem me preocupar com o que a sociedade define como papel de meninos ou meninas. Esse espírito de determinação está presente no meu trabalho até hoje.”
Fonte: Mundo Negro